quarta-feira, 2 de maio de 2012

Escrita profunda... como me foi recomendado.

Esse texto corresponde a meses atrás, mas só tive coragem para publicá-lo agora...

"Um pequeno erro cometido, mais uma falha, uma falta de atenção, me leva a escrever o primeiro texto dessa escrita que tem o dever de ser libertadora.
 Estou apreensiva por ter esquecido um detalhe e sofrendo por antecipação pela bronca que vou levar.
 Não vou discutir, não quero trocar acusações (de novo), mas me sinto um pouco melhor quando recordo que a pessoa cuja opinião tanto me afeta também cometeu erros (até mais graves que os meus); sei que um erro não justifica o outro, até porque a pessoa prejudicada é muito cara a todos nós, mas é como se amenizasse, me mostrando que ninguém é perfeito, todas as pessoas tem seus defeitos, grandes ou pequenos, suas falhas, pequenos lapsos, esquecimentos, que às vezes trazem grandes males ou apenas pequenos aborrecimentos.
 Como me foi aconselhado, quando sentir, perceber que minha ansiedade está acima do "normal", me deixando inquieta, incomodada, trazendo até sintomas, alterações físicas, devo escrever a respeito, desabafando no papel todos os pensamentos que passarem por mim, me libertando de toda a angústia presente.
 Estou ansiosa, sofrendo por antecipação por uma bronca que vou levar por um erro que não foi tão grave a ponto de fazer mal a alguém, mas ainda assim fico suando frio quando penso no que vou ouvir.
 Racionalmente, eu sei que foi um erro pequeno, que todos os dias milhões de pessoas cometem esse mesmo erro e ninguém morre por causa disso, mas por acreditar que as outras pessoas não aceitarão o meu erro, mesmo que elas também errem, eu me pego sofrendo, me cobrando por esse erro, como se eu não pudesse errar, nunca...
 Me cobro uma perfeição que não existem em ninguém, mesmo sabendo que não vou conseguir ser perfeita, fico extremamente desapontada quando erro.
 Como se fosse uma obrigação, que eu não tenho, de nunca desagradar, e eu sei que não posso agradar a todos, mesmo àqueles que eu mais amo, mas sou cobrada, por mim e pelos outros, a me comportar da maneira que esperam.
 Tenho que me educar, para não sofrer tanto quando errar, pois esse não será meu último erro... cometerei muitos outros, erros e acertos."

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