sexta-feira, 7 de agosto de 2009

No fim das contas, estamos sempre sozinhos...

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A maioria das pessoas que nos acompanham, não estão realmente conosco; estão com sua própria imagem diante das outras pessoas.
Estão sempre preocupadas se estão bem vestidas, se o cabelo está bom, se estão falando bem, se estão sendo inteligentes, engraçadas, enfim, se são boas companhias.
Apenas umas poucas pessoas realmente estão ali com você, lhe dando atenção, lhe ouvindo de verdade, querendo saber como você realmente está e se mostrando realmente como são.
O restante... enfim, ninguém mais se preocupa se você está bem, se está triste, angustiado infeliz. Ninguém mais quer realmente saber o que se passa dentro de você, o que você sente ou pensa.
Nem se mostra por inteiro, preferem se esconder atrás de máscaras.
Preferem a imagem que foi construída, por eles ou por você mesmo.
E sabem por que?
Porque essa imagem vai de encontro ao que eles já sabem, ao jeito de ser que eles já conhecem... então se acontecer alguma alteração nessa imagem, junto vem uma onda de decepção... as pessoas começam a dizer que você não é mais o mesmo, que está "estranho" e a maioria delas vai se afastar, não do que você é de verdade, mas da imagem que existia antes.
Qualquer mudança desestrutura as idéias já existentes a seu respeito, e as pessoas relutam até onde podem para não reestruturar idéias... não sei se por preguiça ou simples falta de interesse, mas são muito poucas as pessoas que se dão o trabalho de rever seus próprios conceitos.
Então preferem se afastar do "desconhecido", é mais seguro e confortável.
Das pessoas que lhe rodeiam, alguns poucos permanecerão... os poucos que se doam, que sabem receber, que acolhem, que dividem o próprio mundo com você e aceitam entrar no seu mundo.
E esses, só esses podem ser chamados de amigos.
O resto... enfim, é o resto.

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